Nunca encontrei ninguém completamente incapaz de aprender a desenhar.

John Ruskin, intelectual inglês do século XIX


Pensamos que o Diário Gráfico melhora a nossa observação, faz-nos desenhar mais e o compromisso de colaborar num blogue ainda mais acentua esse facto. A única condição para colaborar neste blogue é usar como suporte um caderno, bloco ou objecto semelhante: o Diário Gráfico.


Neste blogue só se publicam desenhos feitos de observação e no sítio

terça-feira, 7 de julho de 2015

Restos e borras de café


Esta viatura de assistência aos cabos e postes eléctricos da Carris agradou imenso ao nosso grupo. Era um misto de chapa de ferro, ferrugem e tábuas de madeira. Uma cabine que parecia um troço de uma rolote de campismo com pedaços de oficina cravados por rebites, com uma varanda elevatória, de ferro  e madeira, constitui um sério desafio. Sentado num degrau de um autocarro descapotável consegui obter o melhor ponto de vista para fazer este boneco.
Depois das mãos bem sujas de grafite, sentado numa esplanada a beber café, olhei para o desenho e comecei a dar-lhe uma aguada rósea. De repente lembrei-me do café e não bebi todo, apesar de ser cafeinómano. Molhei bem o pincel dentro da chávena e aqui ficou o resto da bica, em manchas misturadas com grafite e tinta preta de caneta Tombo.
E viva a paixão pelo café - bela substância que dá para beber e pintar. E que me desculpem os adeptos das pinceladas de tinto, mas gosto mais da cor cafeeira...

2 comentários:

Maria Celeste disse...

...gosto...
...sabe a café...
...está giro...

Rita disse...

Esta "carripana" é magnífica. Tem que ficar para a próxima visita :)
O café faz umas aguadas muito giras e bem cheirosas.
Já a aguada do vinho é alterada na cor e no cheiro com a passagem dos dias. Não gosto particularmente.