Nunca encontrei ninguém completamente incapaz de aprender a desenhar.

John Ruskin, intelectual inglês do século XIX


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quinta-feira, 18 de junho de 2015

Feira da bagageira

Houve uma feira da ladra há um par de semanas atrás no parque de estacionamento do Fonte Nova, mesmo ao pé de casa. Um tipo incomum de feira da ladra. Uma feira da bagageira, para ser mais preciso. Se alguém se registasse, bastava atafulhar a mala do carro com tralha, estacionar o carro no parque e vender a tralha. Claro que nem todas as bagageiras tinham só tralha. Alguns dos vendedores eram notavelmente profissionais e negociantes de antiguidades. O seu nível de organização e a disposição do ponto-de-venda eram do mais alto nível - com todos os relógios de pêndulo, os esmaltes de cozinha e os velhos envelopes, postais e selos de pessoas já desaparecidas.


No meio do caos organizado ainda havia espaço para uma venda de bolachinhas e algumas actividades de ioga e artes marciais. Eu vinha só para os desenhos, mas deixei a feira na companhia de dois velhos amigos que lá encontrei: o Tenente Koinsky da Cavalaria Polaca e do Long Range Desert Group, e o cavalheiro da fortuna Corto Maltese. Dois álbuns que nunca tinha lido antes puseram o meu resto do dia em alta.

Vai acontecer outra Feira da Bagageira, também em frente ao Fonte Nova no dia 4 de julho. Apareçam para desenhar!

(publicado também em http://pedromacloureiro.com/)

3 comentários:

Maria Celeste disse...

...que ideia tão gira...
...uma bela reportagem informativa...

Vicente disse...

Há quem traga o velho Corto na bagagem.

Pedro Loureiro disse...

Obrigado!
Ainda havia mais Cortos naquela bagageira, mas aqueles já os tinha :)