Nunca encontrei ninguém completamente incapaz de aprender a desenhar.

John Ruskin, intelectual inglês do século XIX


Pensamos que o Diário Gráfico melhora a nossa observação, faz-nos desenhar mais e o compromisso de colaborar num blogue ainda mais acentua esse facto. A única condição para colaborar neste blogue é usar como suporte um caderno, bloco ou objecto semelhante: o Diário Gráfico.


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terça-feira, 8 de abril de 2014

A TAREFA DE INCINERAÇÃO ANIMAL_MAR14

O EQUIPAMENTO DE CREMAÇÃO INDIVIDUAL a 900º.
O nosso Coordenador Eduardo Salavisa referenciou sobre a aplicação de uma máquina fotográfica ou de uma câmara de vídeo para elaboração ou impressão de um registo gráfico. Desta forma, a propósito, esta foi uma das causas que me levou a registar graficamente essa paragem - crematório animal individual, o único do País, que aqui vos submeto em imagem. Desta sala foi indicada proibição de fotos o que de resto, aceitei a condição. Não me foi proibido elaborar apontamentos, não, como já tem acontecido noutros lugares diferentes. Logo, as indicações ajudam a circunstância não ser votada a esquecimento.
Trago então, uma representação de um local talvez pouco frequentado com alguns apontamentos para melhor visualizar o que na realidade se passou.


Outra das vantagens de um registo nos Diários Gráficos seria a indicação de conjunturas patentes, que não se vislumbram de imediato e nem sempre constam abordagens sobre essas posições. Nestes termos, seria de lembrar que talvez por razões de dificuldades em granjear outro emprego, alguns cidadãos licenciados ou próximo das habilitações minimamente exigíveis, mas que não se adequam às funções pedidas, aceitam a oferta de trabalho que aparece. Foi o que apreciei nessa ocasião. O trabalho nesse campo é bastante apreciado pelo público que, por exemplo,admiram o empregado de alta qualificação académica pegar e transportar em viatura o animal defunto, do Hospital e conduzi-lo para o crematório, com uma cuidada deferência; uma outra personagem com características também de formação superior atende o telefone; ambos aceitam outras tarefas administrativas para que o serviço prossiga da melhor forma. Ainda um professor vindo do País irmão do Brasil atende nas lidas necessárias no recinto crematório, em contacto com o animal sem vida, prestes a ser incinerado para seguidamente ser retirado em cinzas. Não cito nomes nem questões académicas inerentes a cada trabalhador, nem manifesto crítica à situação decorrente mas apenas admiração pelas qualidades demonstradas e montagem de um serviço procurado, talvez ainda pouco conhecido mas seguro, higiénico produzido por uma equipa eficaz. Julgo que os animais também mereceriam essa manifestação de estima.

2 comentários:

matilde disse...

´É sempre triste perdermos um animal que nos fez companhia durante anos.

zeta disse...

Nesta descrição menciono elementos humanos destacados a contribuírem um serviço aos nossos falecidos amigos que com muito pesar nos deixam. De facto a ausência entristece-nos e por vezes nada os substitui. Agradeço a partilha dessa situação aqui manifestada.