...até à Avenida da Liberdade. E assim foi, no enorme palco junto ao Éden uns quantos jovens rebolavam ao som de "Loca" da Shakira, mas nem sombra do Carreira. Um mar de gente dos Restauradores ao Marquês, muita couve, muita nabiça, muito animal com ar surpreendentemente tranquilo entre tanta maralha que vociferava "era na grelha! Era no espeto! Era no forno!" Subimos quase ao topo da Avenida, e ao descer parámos na cerca dos porcos-pretos para desenhar uns recos. De repente ao meu lado um senhor entrega-me uma foto e diz: "Pegue - para pintar depois em casa." (nota: contrariamente à sugestão, o desenho foi pintado in loco). Peguei na foto e perguntei ainda recuperando da surpresa: "São seus, estes porcos?" (apontando para o curral) "Não. Mas sou criador." "Ah... e isto é onde?" "Ali para os lados de Pegões." "Está certo - olhe, muito obrigado." Simpático - e inesperado.
Terminado o desenho, rumámos aos Restauradores na tentativa de presenciar o fenómeno - mas qual quê! O fenómeno tinha já terminado o concerto, e mais não vimos que o carro de vidros fumados a passar pela cerrada legião de fãs. Alguém berrou o já tradicional "TONY, FAZ-ME UM FILHO!" Coincidência - ou talvez não, o carro acelerou e desapareceu pelo Rossio. E assim foi...
6 comentários:
Dos encontros imprevisíveis e que são a alma dos nossos traços.
Há fenómenos mesmo. Não viste o Tony, viste os porcos pretos. A vida é assim... Má nada!
Belos porcos! Gostei dos tons!
gostei dos porcos
e do texto :)
A riqueza etnográfica de evento destes não te poderia escapar!!
Muito obrigado pelos comentários. Eventos destes são verdadeiros mananciais de oportunidades desenhadoiras, há portanto que os aproveitar sempre que possível.
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