
Fão, Portugal, 17.03.2011
Nunca encontrei ninguém completamente incapaz de aprender a desenhar.
John Ruskin, intelectual inglês do século XIX
Pensamos que o Diário Gráfico melhora a nossa observação, faz-nos desenhar mais e o compromisso de colaborar num blogue ainda mais acentua esse facto. A única condição para colaborar neste blogue é usar como suporte um caderno, bloco ou objecto semelhante: o Diário Gráfico.
Neste blogue só se publicam desenhos feitos de observação e no sítio
4 comentários:
Uma expressão interessante, mas quanto a meu ver, a pose da idosa nem por isso passa despercebida e é intrigante: para onde converge o ela a olhar?
Acabei por não perceber muito bem para onde se dirigiu o olhar dela. Simplesmente passava em frente à fachada. Gosto de pensar que observava aquelas colunas que antigamente suportavam um telhado…
Por vezes os meus comentários são para “escutar” as opiniões dos autores e desta forma perceber melhor a obra. Desta vez, parece-me que também o observador (neste caso, eu) propõe várias hipóteses conotativas na leitura da imagem. E continuo a dizer que aquela figura quase despercebida ultrapassa os valores da composição nos seus traços, nas linhas e no próprio peso das cores. Porque está de costas, o alcance não visível do olhar da figura humana “está lá”. Continuo a pensar: o que foi naquele momento importante para ela - as cores, as peças do equipamento urbano, a janela da casa, uma ave que está escondida (porque não?). E esta persistência de perguntas torna ainda mais interessante a imagem e a atitude da pessoa exposta no trabalho. De uma forma ou doutra, estou grata pela explicação que o Tiago anteriormente descreveu.
Fico contente quando as imagens que produzo "tocam" o leitor… Obrigado pelos comentários Zeta :)
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