Nunca encontrei ninguém completamente incapaz de aprender a desenhar.

John Ruskin, intelectual inglês do século XIX


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sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Quantas memórias estes olhos retêm…




Nas estradas nacionais encontram-se muitos restaurantes e cafés (gosto mais deste termo que o moderno snack bar) que deviam servir de exemplo às estações de serviço, na qualidade dos seus produtos, na simpatia, e também na tabela de preços.

Na estrada entre Castelo Branco e Coimbra, existe o famoso “Pastor”, perto de Penela. Sandes de Carne Assada ou Panada e os extraordinários e gigantescos Pastéis de Nata, são motivos suficientes para a paragem, mas ainda há que contar com a muita simpatia de quem ali trabalha.

Ontem, parei lá. Cá fora estão duas “camionetas” e à volta, um grande grupo de excursionistas petisca. Entro, e dou de caras com uma senhora, bastante idosa, seguramente com mais de oitenta anos, sentada ao balcão, com todos os empregados à volta divertidíssimos. Lenço na cabeça, blusa, xaile, avental e saia, tudo muito colorido e garrido. Muito alegre e bem-disposta. Viva.

A Dona Maria Teresa Paciência, pacientemente, pergunta o preço de um copo de leite com café. Oitenta cêntimos, menina, responde um empregado. Diga-me lá na moeda antiga que eu com essas novas não me entendo, responde a “menina”. Cento e sessenta escudos, diz o empregado, divertidíssimo. É caro, comenta a Dona Maria Teresa Paciência, mas traga lá. E da bolsa tira uma fatia de pão e queijo, para acompanhar o leite.

1 comentário:

Pedro disse...

É assim mesmo! Grande post!
Este post devia servir de exemplo para todos nós.