Nunca encontrei ninguém completamente incapaz de aprender a desenhar.

John Ruskin, intelectual inglês do século XIX


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sexta-feira, 23 de julho de 2010

Challenge XXVI - Monsaraz à noite, ao som do Cante

Monsaraz tem uma luz própria. De noite ou de dia.
Mais intensa se torna quando, repentinamente, no silêncio da noite avançada, irrompe o som do Cante. Era o ensaio do Grupo Coral de Monsaraz.
Parei, escutei e registei o momento.
Ao som do Cante.

4 comentários:

hfm disse...

Do sublime!

Galeota disse...

Aquela luz dos horizontes planos...

zeta disse...

Através desta representação estou a ouvir música lenta e ritmada. Não percebo muito bem o que dizem, mas antevejo objectos característicos: vimes, casacos de peles, o bater compassado das botas rústicas.
Provêem de grupos e coros quer masculinos quer femininos, tradicionais que exprimem sentimentos (o amor, a paixão, a terra , a saudade) muito típicos que enriquecem o património etnográfico…
Uma ornamentação silábica e vocálica confere um estilo muito específico dessas paragens do Alentejo.
Escuto, também, entre outros, o Vitorino, o Janita Salomé, talvez o o Zeca Afonso e, neste caso, o grupo coral de Monsaraz.
Articulando com o enunciado do Challenge XXVI - a luz, sob os auspícios das ameias em ruínas, como indica a imagem, ou ainda nas lamparinas e candeeiros das tabernas peculiares, a este tema do Cante é atribuída uma tónica interessante e romântica numa determinada hora (de dia ou de noite). Não vendo ninguém a actuar no local, não seria uma abordagem cinestésica?

Luís Ançã disse...

Do sublime, mesmo.
Também insólito era o facto de não se ver mesmo ninguém. Cantavam no terraço da antiga escola. Apenas se ouviam. E que intensa foi esta experiência!