Nunca encontrei ninguém completamente incapaz de aprender a desenhar.

John Ruskin, intelectual inglês do século XIX


Pensamos que o Diário Gráfico melhora a nossa observação, faz-nos desenhar mais e o compromisso de colaborar num blogue ainda mais acentua esse facto. A única condição para colaborar neste blogue é usar como suporte um caderno, bloco ou objecto semelhante: o Diário Gráfico.


Neste blogue só se publicam desenhos feitos de observação e no sítio

terça-feira, 18 de junho de 2024

Oficinas Singulares #47 | Pedro Alves

«Uma das coisas que mais me atribulava no início da minha aprendizagem com aguarelas, era ver como alguns aguarelistas faziam as manchas e os céus tão naturais e fluidos e mais tarde percebi que mais que misturas na paleta, uma folha de aguarela molhada é o ideal para misturar cores de forma espontânea e natural. Iremos então recorrer a essa técnica para desenvolver céus fantásticos e deixar a água trabalhar por nós.... (Pedro Alves)»

Alâmpadas de São Pedro



[Voltei à Ribeira Seca, isto é que é gente de trabalho…]

Voltei à Ribeira Seca da Ribeira Grande para continuar os meus desenhos. Espreitei na Casa das Cavalhadas onde, todos os dias, se desenvolve um trabalho de criação de Alâmpadas com crianças em ateliê de tempos Livres. É um serviço de mediação que explora materiais mais duráveis. As frutas são modeladas com pasta de papel e são pintadas posteriormente, as flores são realizadas com cartolinas e papéis coloridos permitindo a criação de novos objetos e a interiorização de uma matiz cultural. O entusiasmo não se limita apenas aos mais jovens, envolve pessoas de todas as idades, evidenciando a ligação entre diferentes gerações. Música, cantorias e muito trabalho acompanhado da limpeza permanente da sala onde tudo acontece. E, entre as remeças de flores para «desfolhar» lá se ouve «_E viva o Mordomo, Viva!!!» com um «Viva» coletivo.

domingo, 16 de junho de 2024

Na praia


 

Alâmpadas de São Pedro


Hoje fomos desenhar as Alâmpadas de São Pedro na Ribeira Seca da Ribeira Grande. Confrontei-me com um projeto comunitário muito bonito. O sr. Amaral foi-nos explicando o processo de construção destes objetos únicos. “Todos participam neste convívio, mas já perdemos muita gente que fazia parte da comunidade”. Enquanto uns fazem as Alâmpadas outros cozinham e o ambiente de festa parece continuo. Também as crianças são envolvidas numa espécie de serviço educativo que as faz construir estes objetos em papel e lhe ensina a tradição. Fomos extremamente bem acolhidos e é certo que lá voltarei para aprender desenhando. Para quem não sabe “As alâmpadas são arranjos feitos com flores e frutos, que de alguma maneira fazem lembrar um lampadário. Destinam- se a ornamentar a paroquial da Ribeira Seca da Ribeira Grande e a oferecer a pessoas ou entidades públicas que se queira honrar durante as festas de São Pedro. Os Frutos utilizados são fruta lampa, nome que se dá aos primeiros frutos da estação. “Lampa” é também, além de “ alâmpada”, uma das palavras que existem em Português com o mesmo significado e “lâmpada”. Foi provavelmente da confusão entre lampa, com o sentido de fruta temporã, e lampa, com o significado de lâmpada, que surgiu o termo alâmpada para designar estas ofertas de flores e frutos que, segundo o Dr. Cortes Rodrigues, terão tido origem nas que foram feitas com os primeiros frutos colhidos depois da esterilidade provocada pela erupção vulcânica da de 1563.”

Texto de Dr. Daniel de Sá

Ribeira Grande, junho de 1994







quarta-feira, 12 de junho de 2024

Desenhar Alâmpadas


Vamos desenhar Alâmpadas no dia 15 de junho pelas 10:30h, estes objetos enquadram-se nas celebrações da Festa de São Pedro, na freguesia da Ribeira Seca, da Ribeira Grande. 

Os Urban Sketchers Azores associam-se a esta festividade para registar o fabrico das “Alâmpadas”. Este encontro será no salão de festas mesmo no largo da igreja da Ribeira Seca.

As festas de São Pedro ou Cavalhadas de São Pedro, no concelho da Ribeira Grande fazem parte do património cultural imaterial da ilha de São Miguel e as “Alâmpadas” também fazem parte desta tradição secular. São essencialmente arranjos florais em forma de lampário e compostos pelas flores e frutos da época, como as hortênsias, os bordões de S. José, o milho, a laranja, o limão, o ananás, entre outros.

Estes ornamentos são pendurados nas varandas ou paredes das casas de quem oferece um contributo financeiro/material em sinal de promessa para o santo. É uma forma de agradecer a fertilidade da terra para as novas colheitas. 


O encontro terá inicio às 10:30h e finaliza às 13:00h, mas há a possibilidade de acompanhar os trabalhos à tarde. Assim, quem quiser ficar a desenhar durante a tarde, deve levar lancheira.

Oficinas Singulares #47 | Pedro Alves (DIA 18 de junho pelas 10:00 açores/11:00h continente)

À semelhança do desenhar com… esta sessão consiste numa conversa informal - em Livestream - sobre a prática do desenho.

Nesta 47ª sessão convidamos o Pedro Alves para nos falar da sua abordagem e a desafiar-nos a desenhar - no/ num local - de acordo com o seu modo de ver.

A conversa será apresentada em direto no facebook e partilhada no nosso blogue e canal de Youtube.

INSTAGRAM: https://www.instagram.com/dk_limp/?hl=pt

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quinta-feira, 6 de junho de 2024