Nunca encontrei ninguém completamente incapaz de aprender a desenhar.

John Ruskin, intelectual inglês do século XIX


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quinta-feira, 27 de abril de 2023

Viagem ao Egito Dia 1 - As Pirâmides de Gizé

Depois da experiência em Saqqara, seguimos para Gizé que é um dos bairros do Cairo. Chegámos finalmente perto de Keops ou Queóps ou Khufu. Nomes à parte, não podemos ficar indiferentes  perante uma pirâmide de 137 metros de altura. Não dá para descrever a sensação de estar perto de milhares e milhares de blocos com toneladas organizados numa estrutura piramidal perfeita. O Guia pergunta-nos se queremos entrar, avisando que é apertado. A Júlia disse logo que sim. A Inês e o pai preferiram não arriscar. Esperámos uma hora na fila até entrarmos finalmente na grande pirâmide. Lá dentro não desenhei apesar de ter levado o caderno (O meu caderno esteve lá dentro). Foi uma aventura digna do Indiana Jones com tuneis estreitos, subidas e descidas (acho que foram 200 metros). Havia muita gente e a maior parte regressava desiludida, "Paguei eu para isto" diziam. Dentro da Pirâmide não existe nada para além da divisão onde se encontrava ou tumulo. Tal como acontece muitas vezes no desenho as pessoas ficam tão focas com a espectativa do fim que não tiram prazer do processo. Para nós a experiência foi a caminhada. O subir e descer por túneis que outrora foram ocupadas por outros. Observar as paredes e os métodos de construção. As pirâmides eram construídas de dentro para fora e os tuneis eram feitos calculando o peso que iriam suportar (é magnifico). E quando chegamos ao túmulo estamos no centro geométrico na pirâmide. Só quando olhamos para o o esquema com o corte da pirâmide é que percebemos o quão extraordinário é.


A algumas centenas de metro dali encontra-se a Pirâmide de Kefren ou Quéfren. Esta pirâmide tem a particularidade de ainda ter uma parte do calcário que cobria as pirâmides. Imaginem uma pirâmide lisa de branco imaculada com uma ponta em ouro a brilhar no meio do deserto. Deveria ser uma imagem impressionante.

O dia ia a meio e ainda houve tempo de fazermos um passeio de camelo. Gostei da experiência porque dá para perceber o quanto deveria ser difícil atravessar o camelo no deserto. Mas do ponto de vista ético talvez não seja a melhor opção para a defesa dos animais. Não vi ninguém a tratar mal os animais mas a verdade é que os animais estão por ali o dia inteiro. Fica a reflexão


3 comentários:

Rosário disse...

Que desenhos fabulosos!

Bruno Vieira disse...

Uma viagem de sonho :D

Luís Ançã disse...

Belos desenhos de viagem. Um abraço.