Nunca encontrei ninguém completamente incapaz de aprender a desenhar.

John Ruskin, intelectual inglês do século XIX


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segunda-feira, 15 de agosto de 2016

Sal, Cabo Verde - Parte II

Sal, é praia, mas não só..


esquerda: mais um desenho na esplanada do Aquarius. Lá ao fundo os barcos que acabaram de chegar da faina. O Tomás está no 34º banho e a Marta nos seus banhos de sol, afinal, o lema desta ilha é "no stress" ou em bom crioulo "na descontra"...

direita: fomos ao Pontão, assistir à famosa chegada dos pescadores que acabam de chegar da faina. À sua espera, para além das dezenas de turistas, esperam-nos as suas mulheres e filhos, com uma alegria contagiante. O Pontão transforma-se na verdadeira Torre de Babel: Francês, espanhol, italiano, inglês, alemão, português, mas a língua rainha é o crioulo. Assim que o peixe vai chegando, as mulheres começam a amanhá-lo e a vendê-lo, com os filhos a ajudar. O tamanho dos peixes é surpreendente, assim como a variedade e as cores. Aqui quem reina é o atum. O peixe é vendido aos particulares, mas sobretudo a revendedores, que vão escolhendo e comprando como se estivessem numa lota. Depois do negócio, os peixes, vão ainda inteiros em carros-de-mão, transportados pelas ruas da vila, muitos acabam nos restaurantes. Oficialmente o peixe não pode ser comprado nem pelos restaurantes, nem pelos hotéis. Os hotéis cumprem à risca, os restaurante, parece que nem tanto. E ainda bem que não cumprem, pois poupam-no ao peixe congelado importado que temos de comer nos hotéis. 


esquerda: Casa Viana, ou Vianinha. Uma das referências arquitetónicas da ilha. Uma mistura de chalé suíço e casa colonial portuguesa, é uma construção de dois pisos, em madeira que data do final do séc. XIX, pertencente ao complexo industrial da ilha do sal, principal fonte de crescimento demográfico e económico da ilha. Hoje, o rés-do-chão é um espaço comercial com produtos artesanais.


direita: uma "pega de caras" ao Cretcheu, um restaurante implantado num local privilegiado. O seu terraço tem uma das mais belas vistas panorâmicas da ilha.

10 comentários:

Miú disse...

Bela reportagem, em total "descontra". :)

abnose disse...

Muito bonito!

Bruno Vieira disse...

Uma bela reportagem e que belas cores :D

Rosário disse...

Que reportagem!

hfm disse...

Que bela reportagem onde o desenho completa as palavras ou vice-versa. Gosto. Muito.

Eduardo Salavisa disse...

Saudades!

Maria Celeste disse...

...gosto do desenho e do texto...

Pedro Alves disse...

É bom ver cor nos teus desenhos ;)

Teresa Ruivo disse...

Também gosto de ver cor André. Especialmente assim.sem medo! Óptimos!

André Duarte Baptista disse...

obrigado pelas vossas palavras. de facto foi uma overdose de cor e ainda me encontro em fase de desintoxicação.Confesso que continua a ser uma zona nebulosa para mim. Mas o gosto educa-se :-) e na verdade até me diverti a desenhar e a brincar com as aguarelas. Pelo menos serviu para preencher as longas horas de esplanada e caminhadas pela fresquinha. Mais desenhos virão e vão ver que Sal, não é só praia :-)