A água, deu-me o mote para o desenho. Situava-me mesmo entre a fonte (chafariz) perto do Forte de São Brás e o Campo de São Francisco. Os repuchos ficaram em primeiro plano e como tinha, no meu albúm de Grafias, uma página previamente marmoreada (Ebru) usei-a para transmitir essa liquidez. Os registos sobrepõe-se em três planos com técnicas ou cores diferentes. «Há um primeiro tempo de confusão, de conflito, de choque, de esbarrar com a realidade, é o "primeiro dia", um segundo tempo de interiorização, de reflexão, de "metabolização" desse acontecimento. Virá, então, um terceiro tempo e momento, o "terceiro dia", quando começamos a ver as coisas com outros olhos...»
Esta foi a minha segunda tentativa, o segundo plano - a azul- aproxima-me da estátua ao emigrante de Alvaro França. É um homem que enfrenta as intempéries da vida e avança protegendo a mulher e o filho. Mergulhei no Campo de São Francisco e no coreto, no centro da praça, estavam uma série de crianças que brincavam, corriam e soltavam gargalhadas descomprometidas e contagiantes. Sobrepu-las ao momento anterior propondo uma certa alegria e dinamismo. Percebemos que «...as crises graves podem ser uma oportunidade de renovação...». E, ainda fiz uma terceira tentativa que está aqui. |
3 comentários:
os desenhos estão fantásticos. parabéns
...dás resposta aos desafios de uma maneira fantástica...
...gosto muito...
Gosto destes exercícios!
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