Nunca encontrei ninguém completamente incapaz de aprender a desenhar.

John Ruskin, intelectual inglês do século XIX


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segunda-feira, 14 de março de 2016

Lumiar

Freguesia do Lumiar. Para mim uma das mais curiosas de Lisboa. Não só pela sua geografia acidentada nalgumas zonas, como pela sua história e evolução. Ou talvez porque fui baptizado aqui ao lado na igreja da ameixoeira e a minha avó paterna morava nesta rua que cheguei a conhecer ainda jovem quando não existiam grandes superfícies e o comercio de rua dava a este bairro de aspecto moderno um certo ar de aldeia onde todos se conheciam.

A freguesia foi criada no Sec.XIII, era uma zona de quintas da periferia de Lisboa caracterizada pelo seu solo extremamente fértil e água abundante. Com o crescimento da cidade para norte o terreno fértil deu edifícios altos encavalitados e com uma implantação abusiva, construídos por vezes em socalcos outrora ocupados por vinhas e olivais, não deixando espaço muitas vezes para nada mais que as ruas que os separam.
Restam alguns exemplos curiosos, agora perdidos e deslocados de qualquer enquadramento à vista de um qualquer viaduto do eixo norte-sul como o Palácio Angeja-Palmela, edificado sobre o Paço de D.Afonso Sanches depois do terramoto de 1755, o palácio do Monteiro-Mor e respectivo jardim botânico, como aliás tantas outras construções que vão surgindo e contando pequenas histórias escondidas à sombra destes gigantes ciclópicos de betão com cerca de 50 anos forrados a marquises de alumínio.

O desenho em si foi dos mais complexos que fiz ultimamente por causa da perspectiva sobre elevada a que não estou habituado... logo: a repetir!


4 comentários:

Maria Celeste disse...

...e já agora tb a parte mais antiga...
...marcos do passado...

Bruno Vieira disse...

Grande desenho

cláudia mestre disse...

gosto muito! tantos elementos!

nelson paciencia disse...

Extraordinário desenho! Parabéns.