Nunca encontrei ninguém completamente incapaz de aprender a desenhar.

John Ruskin, intelectual inglês do século XIX


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sexta-feira, 6 de março de 2015

Hospital Dr. José Maria Antunes Júnior (Antigo Sanatório do Barro) - Torres Vedras

Nos dias 2 e 3 de Março, por motivos profissionais tive de me deparar com uma triste realidade, o encerramento de mais uma unidade hospitalar. Este edifício já foi convento, asilo, sanatório e hospital. Para além da saúde e religião, acolheu ainda um escola, onde muitos doentes foram alfabetizados, tirando a 4ª classe.

Ficou conhecido pelos benefícios no tratamento da Tuberculose.
Neste momento apenas a fisioterapia se encontra em funcionamento, aguardando ordens de encerramento.




"O Convento dos Religiosos Arrábidos, conhecido como Convento do Barro, foi fundado em 1570, pela Infanta D. Maria, filha do Rei D. Manuel, para acolher monges franciscanos.
Em 1834, o convento foi extinto e expropriado, tendo reaberto em 1860. Com a implantação da República em Portugal foi definitivamente encerrado enquanto convento, passando a denominar-se Asilo Elias Garcia. O ato inaugural foi presidido por Teófilo Braga.
No espaço exterior existe um monumento de devoção à Excelsa Mãe de Deus, edificado em 1908, por ocasião das comemorações dos 50 anos da aparição da Virgem Imaculada em Lourdes. Nas imediações do convento localiza-se a capela de São José, erigida no século XVI.
No início do século XX, o Asilo assumiu um papel importante no combate ao flagelo da tuberculose, tendo sido confiado à Assistência Nacional aos Tuberculosos, na segunda metade do século. Em 1956, é nomeado para diretor clínico do sanatório o Dr. José Maria Antunes Júnior. A partir de 1956, os serviços gerais do Asilo passam a ser assegurados por freiras, possibilitando o internamento dos doentes. Esta situação manteve-se até 1992, ano em que as religiosas deixaram de prestar serviço hospitalar. Em 1993, o Sanatório do Barro passou a ser designado de Hospital Dr. José Maria Antunes Júnior, alargando a sua ação terapêutica ao tratamento de doenças da área da pneumologia."

http://www.cm-tvedras.pt/turismo/visitar/patrimonio-religioso/#conventobarro



Igreja

Terraço por cima do claustro que infelizmente foi coberto por uma pirâmide de vidro. Ao fundo a torre e os sinos do relógio.  





 Pátio interior junto à "casa do director"
  

 Ao lado do antigo convento, a caminho do Monte da Pena, encontramos a Capela de S. José, aqui construída pelos padres jesuítas no final do séc. XIX.
  

No topo do monte da Pena, encontramos um monumento sagrado da Nossa Senhora de Fátima. Ao lado, o THOLUS do BARRO, um Monumento Megalítico (2500 e 2200 a.c).
No início do século XX o monte da pena foi transformado em pedreira para as obras levadas a cabo no antigo convento, e em 1908 o padre Paulo Bovier Lapierre, de nacionalidade francesa descobriu as ruínas da antiga estrutura megalítica.

A maioria do espólio encontrado encontra-se no Museu Nacional de Arqueologia e Etnologia:  restos de ossadas, anéis de bronze, machados de pedra polida, cilindros de calcário branco e cerâmica.  

2 comentários:

hfm disse...

Bela reportagem do desleixo e da pouco importância que damos ao nosso espólio. Assim vamos apagando e destruindo as memórias.

Maria Celeste disse...

...gostei de saber um pouco da nossa história através do desenho...