
Este vaivém que julho e agosto (com viagens mais próximas ou longas, tráfegos de vária ordem, alterações ao quadro de vida corrente ...) constitui, para além de tudo o mais, uma espécie de coreografia interior. Dir-se-ia que a própria vida solicita que a escutemos de outra forma. De facto é disso que se trata, mesmo que se não diga. É com este imperativo que cada um de nós, mais explícita ou implicitamente, luta: a necessidade irresistível de reencontrar a vida na sua forma pura.
(...) o repouso é uma oportunidade privilegiada para mergulhar mais fundo, mais dentro, mais alto...
Férias José Tolentino Mendonça
In O hipopótamo de Deus e outros textos, ed. Assírio & Alvim
3 comentários:
Concordo inteiramente com o que acabas de escrever e os teus desenhos, adormecidos, têm a leveza do traço, aquela simplicidade que os torna tão ricos. Gosto particularmente do uso do verde, cria uma atmosfera especial em contraste com o negro.
...gostei sobretudo do texto...
....férias é também estar diferente...
Já o vi ao vivo e ainda é melhor!
Grande trabalho com as canetas Paula!
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