Nunca encontrei ninguém completamente incapaz de aprender a desenhar.

John Ruskin, intelectual inglês do século XIX


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segunda-feira, 1 de novembro de 2010

CHALLENGE XXXIII - O PROCESSO


I. Caneta
Encontrava-me já a meio deste desenho, quando o Mário informou-me que a fachada que me estava atribuída era do outro lado… Assim, larguei o local errado e comecei uma outra fachada no local que me competia. Por isso, verifiquei que já não tinha tempo para concluir esta fachada Contudo, posteriormente, era minha intenção dar um outro destino ao trabalho interrompido, pensava.
Cronometrando o tempo exigido, decidi começar a esboçar directamente com uma Rol ler TIP Pen, não aplicando como riscador a grafite nem tão pouco utilizei borracha. Entretanto, esclareço que o suporte usado, em papel branco com uma boa gramagem, já tinha sido previamente preparado para uma pintura a aguarela, molhando-o simplesmente em água.
Eis pois o registo a tinta preta do atrás citado riscador.

II. Aguarela
Eram cerca das dezassete horas do dia do X Encontro quando verifiquei que não era possível concluir a primeira obra e teria de recomeçar a pintar em casa. Aproveitei logo a sequência do desafio do Challenge XXXIII e reiniciei o trabalho. Verifiquei não ter tempo para me deslocar de novo na Rua Augusta. Logo, resolvi alterar a pintura da fachada tal como colocação de portas envidraçadas nas lojas em vez de madeira, entre outras.
Em primeiro lugar, “aguarelei” a fachada, servindo-me de um pincel grosso. Seguiu-se nesse papel húmido outra aguada, reforçando com novas manchas a com pincel médio e depois fino: apliquei cores ainda diluídas mais claras ou mais escuras consoante o grau e a tonalidade necessária. Após a secagem, fui retocando os pontos, contornos e os cantos mais destacáveis.

III. Final
Finalmente, após várias secagens das manchas e das aguadas removi e misturei algumas camadas de cores secas.
Desta vez utilizei tinta-da-china (nanquim) apenas para evidenciar o céu e modificar a coordenada horária. Usei o paynes gray noutros pontos para reforçar, ainda que minimamente, os efeitos de alguma textura, das sombras, da luminosidade, procurando corrigir as falhas, os contornos de modo muito ténue.

4 comentários:

Luís Ançã disse...

Muito bem, Zeta. Uma excelente resposta a este desafio, onde uma descrição técnica fundamentada se encontra com a história dos acontecimentos. uma interessante aventura de uma jovem aventureira.

zeta disse...

Agradeço as palavras, Luís.

Elizabete Santos disse...

Gosto das sequencias.

Elizabete Santos disse...

Gosto das sequencias.