Nunca encontrei ninguém completamente incapaz de aprender a desenhar.

John Ruskin, intelectual inglês do século XIX


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domingo, 2 de maio de 2010

VI encontro


Cá está o meu primeiro post desta nossa invasão ao quiosque dos refrescos! Cheguei um pouco atrasado, e ainda por cima desencontrei-me de uma colega que era suposto iniciar nestas lides (desculpa Maria, tenho um telemóvel imbecil e malevolente! :). Mas pronto, fiz este desenho, que até correu bem.

É o meu segundo encontro dos urban sketchers e, tal como no outro, valeu a pena não só pelo prazer de desenhar (já que esse é diário) como pelos encontros com novos desenhadores e com os suspeitos do costume (olá Sara! :). Desta vez, de entre os novos, conheci uma senhora (de cujo nome me esqueci! Mil perdões, e reactive-me a memória se ler isto!) que me ensinou uma técnica nova em aguarela e cera, que me será de certeza muito útil, e tive ainda o prazer de ver o magnífico diário gráfico da Carla, que me impressionou a mim e aos demais com o um precoce talento para a ilustração (quase que não lhe víamos o caderno, porque ainda por cima é tímida, ou modesta, o que esperemos não a impeça de nos presentear com os seus esboços de vez em quando! :)).

E pronto, foi mais um encontro dos rabiscadores compulsivos. Ah, também tenho um desenho de uma estátua, mas fica para depois que o me scanner está com as manias...deve ser do sono.

9 comentários:

Anónimo disse...

Está brutal! Gosto do centro detalhado e das outras figuras muito etéreas.
Gostava de ter conseguido passar por lá tb, e ed ter visto isso da cera (lápis de cêra?).
Beijo,
R.

Anónimo disse...

Eramos às mãos cheias de desenhadores... (:

Luís Ançã disse...

Belo apontamento.

velhadaldeia disse...

Oi, António!
Boa, ficou bem bonito. Doma lá o teu scanner selvagem e põe aqui também a estátua.
Qual é a dica da cera? Usar os lápis para impermeabilizar parcialmente o papel antes de aplicar a aguarela? Esta é daquelas coisas que já experimentei num cantinho de uma folha mas que ainda não apliquei a um desenho.
Fico curiosa.

Erica disse...

Gostei! Manda lá vir a estátua!

António Araújo disse...

Olá sara,
era isso mesmo. Colorir o desenho com lápis de cera e depois fazer o fundo sem ter que contornar o foreground, porque a aguarela é repelida pela cera. Depois de dito é óbvio, mas eu nunca brinquei com lápis de cera e por isso nunca me ocorreu :). Acima de tudo fiquei impressionado pelo apelo estético das utilizações que a senhora que referi fez dessa técnica. Tanto ela como o Carla tinham uns diários gráficos cheios de cor (literal e metaforicamente) e fizeram-me pensar que ando demasiado conservador com os meus materiais. Acho que tem a ver com o facto de que nos últimos anos ando obcecado com as questões técnicas do desenho como modo de observação, e tenho descurado os aspectos criativos e líricos. Fez-me pensar que tenho que dar atenção a manter o equilibrio entre os dois aspectos...

Anónimo disse...

>Colorir o desenho com lápis de >cera e depois fazer o fundo sem >ter que contornar o foreground, >porque a aguarela é repelida pela >cera.

Acho que tenho uns restos de lápis de cera por aqui algures. Vou experimentar! :)

Beijo,R.

velhadaldeia disse...

Obrigado pela explicação, António!
Olha, se esfregares uma vela no papel também dá para explorar esse tipo de efeitos. Pode ser útil se não quiseres usar cor na cera...

António Araújo disse...

Mais uma variação a experimentar, então.

Será que resisto a dizer isto? Devia, mas não, não resisto:

Lo que cera, cera! :D :D :D