Nunca encontrei ninguém completamente incapaz de aprender a desenhar.

John Ruskin, intelectual inglês do século XIX

Pensamos que o Diário Gráfico melhora a nossa observação, faz-nos desenhar mais e o compromisso de colaborar num blogue ainda mais acentua esse facto. A única condição para colaborar neste blogue é usar como suporte um caderno, bloco ou objecto semelhante: o Diário Gráfico.

Neste blogue só se publicam desenhos feitos de observação e no sítio

quarta-feira, 1 de maio de 2019

Agenda dos Sketchers - Maio 2019

Editorial de Maio

Chega Maio e multiplicam-se os encontros. Já no dia 4 podemos escolher entre o Encontro de Cadernos de Viagem em Abrantes, rumar a Évora para o 72º Encontro ÉSk ou ir até ao Peso da Régua para o 60º encontro Posk. Dia 5 em Lisboa a escolha é entre Desenhar Por Desenhar o Bairro de Campolide e o Encontro para Rabiscar no Jardim Botânico da Ajuda. Dia 11 a Câmara Municipal de Salvaterra de Magos convida-nos para o Concurso de Desenho e Pintura ao ar livre “Pintar Salvaterra”. Dia 16 começa a época dos festivais com o Festival Internacional da Máscara Ibérica em Lisboa ao qual se segue no dia 18 a Festa dos Maios em Cascais na Quinta do Pisão. Ainda dentro do Festival Latitudes no dia 19 ocorre o 25º Encontro Oeste Sketchers. E nos Açores dia 18 tem lugar o 48º ENCONTRO DE DIÁRIOS GRÁFICOS.
E não se esqueçam de enviar os pedidos de publicitação dos eventos para o mailuskp.actividades@gmail.com até ao fim do mês anterior ao da realização do evento.
Ainda nesta edição não percam os artigos da Celeste Ferreira, do Francisco Lopes, da Alexandra Baptista e da Helena Monteiro , a entrevistada Jeanne Waltz, informem-se sobre a formação que está programada e visitem as exposições a decorrer em Maio.
Bons desenhos.

O LIVRO QUE SE APRENDE A GOSTAR
por Celeste Vaz Ferreira

Adoro livros e quando um tema me interessa colecciono-os compulsivamente. Claro que o tema Urban Sketching resultou num sem fim de livros, uns mais generalistas outros temáticos e outros só porque sim, mas o que releio sempre com renovado interesse e considero o guia mais completo sobre o tema, independentemente de ser iniciado ou não, é o URBAN SKETCHING A Complete Guide, de Thomas Thorspecken. Não o li de uma assentada mas consulto-o amiúde descobrindo sempre coisas novas ou se calhar, entendo-as melhor. A informação está bem dividida em quatro grandes capítulos temáticos: Tools and Techniques, Going Urban, Populating Your World e Choosing a Subject (mantenho os nomes originais porque não conheço este livro em português) que por sua vez estão organizados em sub-temas com exemplos extremamente úteis tudo numa linguagem acessível e detalhada. Indispensável.

https://www.wook.pt/livro/urban-sketching-thomas-thorspecken/15332235

46º Encontro de Diários Gráficos – Urban Sketchers Portugal Açores
por Ana Cristina Moscatel

Decorreu no passado dia 30 de março 2019, em Vila Franca do Campo (ilha de São Miguel), o 46º Encontro de Diários Gráficos do grupo Urban Sketchers Portugal Açores, assinalando-se, assim, o Dia Internacional dos Centros Históricos.
Como tem sido recorrente nas atividades do grupo açoriano, fizemos parceria com a Associação Histórico-Cultural local – Associação Histórias Sábias -, para uma pequena contextualização do centro histórico daquela vila micaelense, primeira capital da ilha, mas tremendamente assolada por catástrofes naturais no século XVI que lhe retiraram a proeminência socioeconómica original e lhe alteraram a feição urbana inicial. O olhar dos sketchers foi, assim, elucidado para o que não se vê, mas que a arqueologia tem desvendado sobre o passado desta vila micaelense.
Apesar do mau tempo, o grupo percorreu diversas artérias da vila, nomeadamente em volta da Misericórdia, da Igreja Matriz, da Câmara Municipal, terminando junto da ermida de Santa Catarina (sobrevivente às catástrofes), com vista para o magnífico Ilhéu de Vila Franca do Campo.
Os desenhos estão partilhados no nosso blogue e poderão ser vistos em: https://urbansketchers-portugal-azores.blogspot.com/search/label/Encontro%2046%20USkP%20Açores

Cadernos de Viagem de Abrantes
por Francisco Lopes

Desde 2015 que os Cadernos de Viagem de Abrantes se vêm afirmando como espaço de encontro e de fusão do desenho com a escrita de viagens, fotografia, vídeo, jornalismo, multimédia e literatura. O programa inclui anualmente oficinas e masterclasses, apresentações e lançamentos de livros, feira do livro de viagens, encontro de urban sketchers e residências artísticas, este ano com a desenhadora Teresa Ruivo e o escritor José Riço Direitinho.
Com a exposição de Teresa Ruivo, Desenhos da minha rua e mais além, como destaque, de 05 de abril a 25 de maio, este ano há também lugar para uma viagem intitulada Abrantes ida e volta, no dia 03 de maio, que sendo na véspera do habitual encontro de urban sketchers, pode ser um pretexto para antecipar a ida a Abrantes, para quem quiser participar.
Abrantes, cidade mais central de Portugal, lugar de partida e de chegada - base ideal para a exploração dum território que num raio de 150 Km chega até Évora, Badajoz, Santarém, Lisboa, Coimbra, Figueira da Foz, Caldas da Rainha, Óbidos, Castelo Branco, Belmonte, Monsanto, Covilhã, Marvão, Portalegre, Estremoz ou Montemor-o-Novo - mas também para descobrir em si mesmo: dois rios, um dos maiores lagos da Europa, uma confluência de três regiões geográficas.
Nesta viagem de mais de cento e cinquenta quilómetros pelo concelho de Abrantes venha descobrir a diversidade e dimensão de um território imenso, rico e inexplorado. Um património paisagístico, natural e humano a não perder. Uma viagem no “seu quintal” que lhe dará a conhecer paisagens deslumbrantes que apenas imaginava em lugares longínquos…

Ver programa detalhado em: http://www.bmab.cm-abrantes.pt/index.php/pt/agenda/231-cadernos-de-viagem-de-abrantes

AS MINHAS ÁRVORES
por Helena Monteiro

Escrever sobre árvores não é simples; desenhá-las é um prazer pela sua simplicidade. Estão sempre ali, quietas, deixando-se observar. São companheiras de desenho e, se olharmos com olhos de ver e seguirmos os seus contornos quase geométricos, rapidamente temos a árvore esboçada. Depois há que lhes dar volume e sombras - vida!
Gosto particularmente de desenhar árvores com técnicas simples e deixando o riscador dançar à volta delas. Gosto ainda de desenhar árvores rapidamente com o menor número de riscos possível, como gosto de estar uma hora e tal a desenhar a mesma árvore tentando captar-lhe os veios, as linhas, os cortes e tudo o que o olhar me diga para completar.
Apenas um conselho: vão para a rua e desenhem com lápis, caneta, tinta da China (minha técnica preferida para árvores), aguarela, lápis de cor, etc. Pratiquem diariamente com técnicas e tempos diferentes.

Entrevista a Jeanne Waltz
Profissão: cineasta
Local onde vives: Lisboa
Associada nº 84

1. Há quanto tempo desenhas?
Sempre desenhei um pouco. Mordeu com mais força há uns 10 anos.

2. Há quanto tempo és USk?
2015?

3. O que/quem mais inspira os teus desenhos
O estar no mundo. As pessoas nele.

4. O encontro USk mais marcante
https://urbansketchers-portugal.blogspot.com/2015/01/todos-pelos-ares.html

5. Materiais que preferes (cadernos, para desenhar, para colorir)
Papel: tudo serve, mas mais barato é, mais livre me sinto. Materiais: Tinta da China, lápis de cor. Mas nisto também, tudo serve...

Desenho de Fernanda Lamelas publicado no Desenho Cru

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