Uttoxeter, 2 de Janeiro de 2012. Hoje em dia a tradicional caça à raposa inglesa é um fenómeno curioso. Por lei não é permitida a caça aos ditos animais, no entanto, nas vilas e aldeias rurais mantém-se o ritual que junta caçadores a cavalo e matilhas de cães na praça principal, antes de sair para a caçada. Os cavaleiros bebem um Porto ou um whisky, o decano faz um discurso à população (apelando às autoridades para voltar a haver permissão para perseguir os bichos) e seguem então para os campos. E que vão fazer, se não podem caçar?
Ao que se diz, antes da saída para o campo há um indivíduo que passa com uma essência de raposa num itinerário pré definido, de modo a que os cães tenham "matéria" para farejar. As coreografias de cerco e perseguição mantéem-se, só não existindo o objecto da caça.
Assim o que em tempos foi uma caçada tornou-se um passeio a cavalo pelo campo.
4 comentários:
A história é encantadora (essência de raposa?)e, com meia dúzia de traços, desenhas um cavalo!
Olá Filipe, gostei de ler (e ver) a crónica. Oxalá a legislação continue como está - há anacronismos que uma vez ultrapassados não fazem sentido ser recuperados.
E tu estiveste lá, é isso?
Tanta coisa interessante a acontecer em todo o lado...
Obrigado pelos comentários,
A síntese é uma abordagem que me interessa cada vez mais,Manuela.
À partida também sou a favor dessa posição, Pef, mas a questão não é tão simples como parece. Começam a ser relatados problemas de pragas de raposas, que sem predadores, crescem e desequilibram os ecossistemas rurais e até urbanos.
Sim, Mário, estive no centro de Inglaterra na passagem do Ano e recomendo vivamente uma visita.
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