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John Ruskin, intelectual inglês do século XIX


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segunda-feira, 12 de setembro de 2022

(a)Riscar o Património na Ilha de São Miguel | 9ª edição

9ª Edição do (a)Riscar o Património – Ermida de Santo André em Vila Franca do Campo

24 de Setembro - 10:00                                                                                                                     

É no âmbito das comemorações dos 500 anos do terramoto que soterrou parte de Vila Franca do Campo que os Urbansketchers açores pretendem este ano, comemorar as Jornadas Europeias do Património participando na 9ª edição do (a) Riscar o Património sob o tema Património Sustentável. Este cataclismo foi determinante da história deste Concelho que foi o fundador de toda a ilha.     

A Ermida de Santo André foi mandada edificar por André Gonçalves Sampaio logo depois do terramoto, para acolher os restos mortais da sua família, que tinha sido vítima da catástrofe de 22 de outubro de 1522. A Ermida terá sido construída sobre as ruínas da antiga matriz de São Miguel, também ela destruída pelo terramoto, onde havia, supostamente, um altar de evocação a Santo André mandado construir por Gonçalo Vaz – o Grande.

A igreja é de duas naves e um Altar-mor com retábulo dourado, onde se encontra a imagem de Santo André, o padroeiro da igreja. Possui, ainda, dois altares laterais no corpo, um de evocação a Nossa Senhora das Dores e outro de evocação a Santo António, e, na nave lateral tem um altar de evocação a São José.

O Convento de Santo André, da ordem de Santa Clara, erguido junto à igreja, iniciou a sua atividade em julho de 1533 por anúncio de Portugal e legado a latere do Papa Clemente VII. Foi construído para acolher as muitas freiras de famílias de Vila Franca do Campo, que estavam no Convento da Conceição na Caloura, para ficarem mais perto das suas famílias, protegidas dos ataques dos franceses e dos corsários. A sua primeira Abadessa foi Maria de Jesus e chegou a acolher cerca de 50 religiosas com as suas serviçais.

A igreja e o convento de Santo André são um legado do património cultural e religioso de Vila Franca do Campo e devido ao seu sensível estado de conservação, todas as ações de divulgação e sensibilização são iniciativas de promoção de boas práticas e valorização do património sustentável. Nzinga Oliveira


Parceiros: Câmara Municipal de Vila Franca do Campo, Museu Municipal de Vila Franca do Campo, Direção Geral do  Património Cultural e Urbansketchers Açores.

Anfitriã: Alexandra Baptista

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