Nunca encontrei ninguém completamente incapaz de aprender a desenhar.

John Ruskin, intelectual inglês do século XIX


Pensamos que o Diário Gráfico melhora a nossa observação, faz-nos desenhar mais e o compromisso de colaborar num blogue ainda mais acentua esse facto. A única condição para colaborar neste blogue é usar como suporte um caderno, bloco ou objecto semelhante: o Diário Gráfico.


Neste blogue só se publicam desenhos feitos de observação e no sítio

domingo, 8 de novembro de 2020

Pode perder-se um diário gráfico, mas cada desenho fica gravado na nossa memória para sempre.

Fiz este desenho no primeiro encontro de Urban Sketchers a que fui. A cada um dos participantes foi atribuida uma fachada da Rua Augusta em Lisboa. A minha ficava ao lado da do António Araújo, com quem conversei um pouco. Perto de mim, outra pessoa sentava-se no chão, por razões muito diferentes - era um pedinte. A fachada estava parcialmente coberta por um andaime e uma lona. Combinei o lápis e a caneta para transmitir a ideia de semi-transparência da lona.

Ao fundo, encostado à esquina, na posição descontraida que nos habituou a encontrarmo-lo, apoiado numa perna apenas, a outra cruzada, o Eduardo desenhava no seu pequeno A6. Ficou o tempo suficiente para o incluir no desenho. Foi, creio, a primeira vez que o conheci. E ainda bem que todos o pudemos conhecer.