Nunca encontrei ninguém completamente incapaz de aprender a desenhar.

John Ruskin, intelectual inglês do século XIX


Pensamos que o Diário Gráfico melhora a nossa observação, faz-nos desenhar mais e o compromisso de colaborar num blogue ainda mais acentua esse facto. A única condição para colaborar neste blogue é usar como suporte um caderno, bloco ou objecto semelhante: o Diário Gráfico.


Neste blogue só se publicam desenhos feitos de observação e no sítio

terça-feira, 24 de abril de 2018

A simplicidade da água em nós




Um dos momentos do retiro "O Espiritual no Desenho", em Florença. Trabalhando uma reflexão sobre água, humildade e limpeza, junto ao rio, olhando a Ponte alla Carraia, junto da qual se forma uma língua de areia onde as pessoas passeiam, descansam, e pescam, rodeadas de água no meio da cidade.

Como nós procuramos a água dos rios para nos sentirmos numa ligação tão profunda a nós próprios, à nossa própria água, e a essa medida de ser simples de quando nos abandonamos naturalmente à simplicidade.
O nosso corpo é em grande parte água. Quando, tal como a água flui naturalmente, fluímos no que fazemos, compreendemos em simplicidade quem somos.

Humildade, disponibilidade para esse fluir, e limpeza do que já não precisamos em nós, mas apenas do que a vida vai trazendo para que se faça o processo, sem o exagero de uma falsa pureza, de querer tudo limpar. Como Jesus disse a Pedro... bastam os pés, basta limpar o Espírito e o corpo fluirá esse estar, basta a simplicidade do que se faz nesse estado de união para que o nosso coração seja livre e se entregue sem reservas à simplicidade da água em nós.

4 comentários:

Miú disse...

A pureza de um desenho transparente e fluido, como a água...

Alexandra Baptista disse...

lindo.

Isabel Alegria disse...

Que belo comentário, Miú, a tocar essa transparência e a do meu coração.
Um abraço forte às duas!

Unknown disse...

Que bonito... emana paz