Nunca encontrei ninguém completamente incapaz de aprender a desenhar.

John Ruskin, intelectual inglês do século XIX


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quarta-feira, 28 de março de 2018

Arco da Cadeia

No fim de semana que estive em Óbidos choveu imenso. Na tarde de sábado foi chuva quase constante. Mas não desanimámos. Fomos à procura de sítios onde pudéssemos desenhar, abrigados da chuva. Descobrimos este bar "Arco da cadeia" e decidimos sentar-nos cá fora, abrigados pelo arco que lhe dá nome. Foi um desenho demorado, intercalado pelo saborear de uma ginjinha caseira à venda no bar. No final foi-me explicado pela Cátia e pela Maria Inês que este edifício sobreviveu ao terramoto e é por isso um dos mais antigos de Óbidos. Em tempos o atual bar era a cadeia e do outro lado era o tribunal. Quando alguém era condenado à morte era considerado indigno de pisar o chão da vila. O arco é na realidade uma ponte pedonal que liga pelo 1º andar a cadeia e o tribunal. Era por aí que os presos passavam de um edifício para outro. Quem por ali passava sabia duas coisas. Nunca mais iria pisar o chão da vila e as horas seguintes não seriam muito simpáticas. Outros tempos porque agora este é sem dúvida um local de passagem obrigatória em Óbidos para relaxar e beber um copo de preferência a ginjinha caseira.

4 comentários:

jeanne disse...

uau!

Marcelo de Deus disse...

...da-se!!!!

Bruno Vieira disse...

Grande perspectiva, e não congelaste 😉

António Procópio disse...

O segredo está em ir bebendo ginjinha.