Nunca encontrei ninguém completamente incapaz de aprender a desenhar.

John Ruskin, intelectual inglês do século XIX


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segunda-feira, 1 de maio de 2017

Literatura e Viajantes II

Sábado... depois de deambular por um amontoado de quadros vivos cheios de "casinhas fofinhas", voltei a fazer companhia ao André Baptista e ao Tomás, o André tentava fazer Van Goghs mas só lhe saiam Picassos, está um mestre em desenhar com a mão esquerda, o Tomás estava a tentar um novo estilo, tipo breakdance a desenhar de costas e a rodopiar.
Entretanto fomos ver a Igreja de Santiago, o aproveitamento do espaço interior do edifício como biblioteca... como já conhecia, tinha perscrutado o espaço e sido "anjo" por arranjar troco a uns ingleses desesperados, fiquei na escadaria a desenhar ("como um diabo à porta da Igreja")... o manto de sombra estendia-se e os volumes adormeciam... o Tomás fartou-se da Igreja e ficou comigo a falar de cartas e animais, fui riscando e falando sem grandes preocupações... os turistas pareciam ovelhas perdidas, ouviam-se pássaros e música ao longe, podia-se respirar, havia estrelas, havia tempo...


3 comentários:

Teresa Ruivo disse...

Perfeito!

nelson paciencia disse...

Que belo desenho e texto.
Em três dias tentei ir à livraria de Santiago para também fazer um desenho dessa escada mas não consegui. No próximo ano não posso falhar.

Fernanda Lamelas disse...

Lindo!