Nunca encontrei ninguém completamente incapaz de aprender a desenhar.

John Ruskin, intelectual inglês do século XIX


Pensamos que o Diário Gráfico melhora a nossa observação, faz-nos desenhar mais e o compromisso de colaborar num blogue ainda mais acentua esse facto. A única condição para colaborar neste blogue é usar como suporte um caderno, bloco ou objecto semelhante: o Diário Gráfico.


Neste blogue só se publicam desenhos feitos de observação e no sítio

domingo, 12 de março de 2017

A CARIOCA


A carioca é  uma pequenissima loja na Rua da Misericordia. Mal se vê quando se passa na rua mas por dentro é muito curiosa. Datada de 1936 tem uma decoração ecletica com motivos arte deco e chinoiseries.
O painel de vidro pintado de fundo é muito divertido e representa uma africana , possivelmente de São Tomé, a segurar uma chavena de café fumegante. Os saltos altos contrastam com o pano atado na cabeça.
O moinho de café, bem antigo, chama a atenção logo ao entrar da porta.
Mas o mais surpreendente são as gavetas para guardar o chá com as frentes lacadas e com pinturas chinesas policromadas acompanhadas de caracteres possivelmente alusivos aos vários tipos de chá ( eu não sei ler). Das originais pinturas só restam duas, as outras são restauros pois perderam o relevo e a laca chinesa.
Como a loja é muito pequena duas a desenhar não permitiam o atendimento fácil dos clientes que entretanto entravam. Tivemos que ser rápidas dar cor aos desenhos em casa.
É muito interessante ficar a conhecer mais uma curiosidade da minha cidade. Leonor  Janeiro



4 comentários:

hfm disse...

Um desenho com história, cor e vida.

Ana Resende disse...

Mais um belo desenho da Leonor!

USkP Convidado disse...

O dono da Carioca vai adorar estes desenhos (ele queria ficar com eles mesmo antes de juntar a cor...). Estão preciosos!
Vou ter que publicar a minha versão, bem mais simples que este tão completo retrato desta interessantíssima loja tradicional que eu também desconhecia.

Fefa

Belita Isabel Janeira disse...

Belíssimos croquis a que a Leonor já nos habituou, de uma loja que eu conheço bem, apesar de quase passar despercebida. O dono é uma simpatia e não se fez de modo algum rogado quando há uns anos lhe pedi para tirar umas fotos ao interior da loja.