Nunca encontrei ninguém completamente incapaz de aprender a desenhar.

John Ruskin, intelectual inglês do século XIX


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segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

Oficina Karina Kuschnir

A manhã estava tão solarenga como fria, e eu sentia-me como um daqueles carros de um antigamente ainda recente, que nas manhãs mais frias demoravam a pegar, mesmo depois de esticarmos aquele botão que aparentemente "puxava o ar". 
Cheguei ao Jardim das Amoreiras às dez horas da manhã. Entrei no museu e fiz a inscrição na oficina. Cá fora bebi um café e comi um bolinho açucarado, daí a nada começava a estupenda oficina da Karina Kuschnir, que veio do Rio de Janeiro carregadinha de estórias antropológicas e invenções para desenhar. Pediu para desenharmos algo que representasse o tempo, as coisas que remetem para a temporalidade do lugar, a data, as coisas permanentes e efémeras. De seguida que desenhássemos relações sociais, coisas vivas, que estão animadas, que mostre um lugar com movimento, com pessoas, animais, plantas e carros. No final, se tivéssemos tempo, que desenhássemos o espaço, separados em grupos e sob diversos pontos de vista, respeitando os quatro pontos cardeais.

Para o exercício do tempo, desenhei o aqueduto, e a fachada daquela igrejinha metida entre as arcadas, a de Nossa Senhora de Monserrate. De seguida desenhei a capa de um jornal do dia, tenebrosa, por sinal. Para o exercício das relações sociais desenhei a Rita Catita, uma coisa viva e muito animada, apesar de enregelada. Não tive tempo para o último exercício.





4 comentários:

hfm disse...

Obrigada pela foto. Gosto do que está escrito, revejo essa bela manhã.

Alexandra Baptista disse...

o tempo... um quebra cabeças. Gosto dos desenhos e da afluência.

Bruno Vieira disse...

o desenho do jornal tornou-o mais eterno... a Rita ficou com com um ar mesmo gelado e as conversas transportam sempre vida :)

Teresa Ruivo disse...

Todos optimos mas a Rita está demais:)