Nunca encontrei ninguém completamente incapaz de aprender a desenhar.

John Ruskin, intelectual inglês do século XIX


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segunda-feira, 26 de setembro de 2016

Encontro Nacional Porto - Andor bioleta que vamos desenhar o Porto

Este encontro teve especial encanto para mim. Alfacinha de gema me confesso, que o Porto é meu amante, mas Lisboa sabe e compreende.
Tenho 40% da familia lá. É onde quase me sinto em casa e às vezes demasiado em casa. Por tudo. Pelas pessoas, pela comida, pelo encanto a que ninguém é indiferente.
Nem sabia por onde começar, mas o que interessa é que comecei e por mim continuava até hoje. Podemos voltar para lá? todos?


Desenhar às 10 da manhã e beber um café. Escolher outra esplanada (mais estratégica) e beber mais um café só para dar despesa e justificar a cadeira. Não me pareceu muito racional ser 11h da manhã e já ter dois cafés comigo mas entre isso e o Porto Calem ou o pastel de bacalhau com queijo, o café pareceu me mais razoável. A mim e aos 1.000 ingleses que estavam nas esplanadas dos Clérigos.


O almoço era às 13h mas às 12h fui marcar lugar. Acidentalmente. Mas o Mercado Ferreira Borges é irresistível. 


O Largo do Terreiro, na ribeira, foi o sítio que mais gostei de desenhar. Por tudo. Pelo local, pela música desenfreada, pelo curiosidade de quem passava, pela historia quase bizarra do Nelson e sua acelera forçosamente emprestada. 


Durante as provas de vinhos e queijo.


A paisagem distrai tanto, é tão esmagadora, que nem sei por onde começar.


Havia frio e havia fome. Mas também havia muita historia para contar.


Disse há pouco que o Largo do Terreiro foi o meu preferido para desenhar? Pois, menti. Foi a Rua das Flores. Podemos voltar para lá?


Cheguei a casa tão cheia de mim que ainda fui para a varanda desenhar. Não é no Porto este desenho, mas podia ser. Posto aqui porque só aconteceu, porque fui ao Porto. 

Um obrigada muito especial ao meu "colega de carteira" o Nelson Paciencia pelas nossas conversas non sense, por insistir para eu desenhar mais, por me actualizar sobre todos os temas e sobretudo por perceber como é difícil desenhar de manhã :) 
"De manhã é mais difícil descodificar problemas."



1 comentário:

nelson paciencia disse...

Os teus desenhos do Porto têm um sentido de pertença que os tornou ainda melhores.
O que escreves neste post faz-nos andar para trás no tempo, dá-nos vontade de ali voltar para desenhar e conversar o que não foi desenhado e conversado. E o desenho feito em casa, ainda com a energia daquele par de dias, só pode querer dizer que estás de volta...
:)