Nunca encontrei ninguém completamente incapaz de aprender a desenhar.

John Ruskin, intelectual inglês do século XIX


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quinta-feira, 22 de setembro de 2016

E viva o Porto!

Fartei-me de desenhar mas, como sempre, fiquei pouco satisfeita com os resultados. Acresce que, ultimamente, antes de começar um desenho, fico inundada de uma série de dúvidas que se poderiam resumir no  pomposo termo"crise de identidade", demasiado pretencioso para o caso, claro está! Se calhar, todos as têm; se calhar faz parte de algum percurso, ou  de uma aprendizagem mas, a mim, parecem-me reflectir antes uma certa "desaprendizagem". Então agora, além de não saber desenhar, também já nem sei como tentar fazê-lo? Com um risco delicado? Com um borrão?  Cores intensas? Suaves aguadas?
O que vale é que, assim que me "deixo ir", adoro cada momento, cada traço e esqueço-me de tudo isto.Valeram-me também os  turistas, que provavelmente sentiram o meu deleite e que,  com  os seus vraiment très beau, mui precioso lo que haces e can I take a picture, misturados com sorrisos rasgados, conseguem por a auto estima de qualquer um no lugar!
Obrigada a todos que proporcionaram estes dias magníficos, e obrigada  também a eles, então!




14 comentários:

Rosário disse...

Estão tão bons Teresa! Cheios de força!

Eduardo Salavisa disse...

As tuas dúvidas podem resumir-se a: "quanto mais se sabe menos parece que sabemos e mais dúvidas temos". Óptimos desenhos como sempre.

abnose disse...

Eu padeço das mesmas dúvidas, só não acabo com resultados tão bons!... parabéns!

João Santos disse...

Todos diferentes e todos fabulosos...

João Santos disse...

Ah e percebo bem essas dúvidas, também por vezes me surgem acompanhadas da sensação de que "olha, afinal em vez de evoluir cada vez desenho pior". Mas depois quando consigo soltar-me, tal como a ti, tudo desaparece. Portanto, acho que o Eduardo foi certeiro no que disse!

nelson paciencia disse...

Bolas, também gosto tanto dos teus desenhos! E deixa lá, essas crises pseudo existenciais vão sempre perseguir-nos, às vezes não sei se procuramos atingir a perfeição ou a demência. Tenho a noção que está última frequentemente também transparece para os nossos desenhos, ainda que às vezes seja só visível para nós próprios.
És uma craque, não tenho dúvidas de espécie nenhuma.

cláudia mestre disse...

Independentemente da "crise de identidade", adoro os desenhos!

Pedro Alves disse...

O que estás a pensar é normal e o Eduardo tem razão. No fim de um desenho podes pensar que não é o melhor que já fizeste mas não interessa... O desenho é um processo e o que fizeste ontem pode não fazer sentido hoje o que é bom sinal, é sinal de evolução. Olhar para os nossos cadernos através dos anos e ver estilos tão diferentes entre eles sabe tão bem ;) Acredita. Gosto bastante do último desenho, é mesmo à Porto.

Rodrigo Briote disse...

A panorâmica do rio resultou mesmo bem

António Procópio disse...

Deixa-te levar! Nós depois cá estaremos para apreciar. Gosto especialmente quando distorces tudo. É que de repente as casas quase que dançam.

Suzana disse...

Estão todos fantásticos e com abordagens diferentes, perfeito!

USkP Convidado disse...

A indefinição das formas pelas manchas do 2º e 4º desenho são boas impressões do que é o Porto: visões atmosféricas de cores fortes diluídas no "cinzento e encardido" como tão bem disse o Nelson. Para quem diz que está com uma "crise de identidade" estes desenhos mostram uma segurança tremenda :)
-Marco-

Teresa Ruivo disse...

Obrigada! São todos muito simpáticos!

Fernanda Lamelas disse...

E viva a Teresa!! Gosto da alegria que transmites com os teus desenhos!