Tenho para mim que mostro no blog, neste e no meu, sempre a dupla página tal e qual ela está. Por vezes apago escritos que não interessam a outras pessoas. Mas, desta vez, no concerto da Adriana Rolão, não resisti a apagar a primeira tentativa que fiz. Mas, se têm muita curiosidade, vão ao meu blog que estão lá as duas e ainda a Adriana a tocar com o Vitor.
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Nunca encontrei ninguém completamente incapaz de aprender a desenhar.
John Ruskin, intelectual inglês do século XIX
Pensamos que o Diário Gráfico melhora a nossa observação, faz-nos desenhar mais e o compromisso de colaborar num blogue ainda mais acentua esse facto. A única condição para colaborar neste blogue é usar como suporte um caderno, bloco ou objecto semelhante: o Diário Gráfico.
Neste blogue só se publicam desenhos feitos de observação e no sítio
11 comentários:
...e como o corpo da Adriana,tão bem esgalhado,envolve a guitarra clássica num amor tão grande...
...e todos nós gostamos muito da Adriana e desejamos as maiores felicidades...
Ficou tão bem a Adriana!....até oiço a música a sair do teu caderno!
Paula Cabral
Magnífico trabalho. A Paula tem razão, o movimento é tal que parece ter som!
Foi um concerto muito bom, num lugar bonito e muito apropriado a um concerto tão intimista.
A seguir vou ao blogue ver os outros...
Foi um prazer ter-te lá, agradecemos também os desenhos e o apoio ao projeto da Adriana. O caderno assim "limpo" deu espaço para se ouvir melhor a música! Partilhei no Facebook o link para o teu blogue, espero que não te importes...
Um abraço, Eduardo ( e desculpa não te ter dado a devida atenção).
Muito bom, adoro e pose!
Também gosto muito deste desenho!
Gosto muito do desenho! Não fui, com muita pena minha, mas já vi a Adriana a tocar várias vezes e acho que captaste a posição com que ela toca! É mesmo assim!
Do ponto de vista da obra finita, fazendo a comparação entre as duas versões, parece-me melhor conseguido o "original". A personagem "duplificada" não só cria um diálogo plástico entre a linha e a mancha, como transporta a interpretação do desenho para a repetição ou serialidade do gesto, da pose, da performance, etc, do músico.
Do ponto de vista da publicação, usaria esta atitude, como um bom exemplo do que falei no "Nós e os Cadernos" para provar uma característica do diário gráfico como espaço heterotópico: a discordância de tempos: o tempo numa heterotopia encontra-se em conflito com o tempo tradicional.
Quero com isto dizer que se realizam rupturas com o tempo, pequenos momentos ou parcelas de tempo que entram em conflito com a tempo político (relógios e calendários). Um diário gráfico pode ser um espaço acumulador de tempo, onde tento que as minhas memórias se acumulem e se fechem num arquivo, como se fosse possível colocar num só espaço todos os tempos fora do seu tempo. O caderno pode ser uma forma de acumulação perpétua e indefinida de tempo num lugar imóvel.
Mas por outro lado, estas parcelizações do tempo podem ser orientadas no sentido inverso da procura de eternidade e portanto tomarem uma vertente fugaz. Num diário gráfico, de forma comum, surgem elementos que não têm a finalidade de criar memórias eternas, mas pelo contrário, são transitórios e passageiros como por exemplo anotações que nos ajudam retomar o trabalho naquele caderno. Igualmente, o facto de o caderno poder ser um palimpsesto, permite “voltar atrás no tempo”. Anular, rasurar e voltar a construir, não é mais do que colocar um novo tempo, num espaço que já conteve um tempo anterior.
-Marco-
Obrigado a todos pelos elogios e um obrigado especial ao Marco pela sua explanação.
Está tudo dito e eu gosto!
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