Nunca encontrei ninguém completamente incapaz de aprender a desenhar.

John Ruskin, intelectual inglês do século XIX


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sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Viúvos e afins

Desenhar o que de algum modo me impressiona.
Velhotes sózinhos, em centros Comerciais, a ler jornais que  encontram esquecidos pelas mesas, para fazer tempo até à hora do almoço, seja lá o que isso for. Impressionam-me acima de tudo os viúvos, cujas nódoas nas calças e botões caídos dos casacos denunciam o seu estado civil.


Mas também me impressiona um certo tipo de velhas - não as gaiteiras, que essas têm vida e parecem felizes. São aquelas muito velhas, que renegam a idade e renunciam as rugas e que  se vestem como muito novas. Usam saltos muito altos e esborratam a boca com baton. Cheiram a mofo ou a naftalina. São baças, tristes e frequentemente magrinhas. Vistas de trás parecem patéticas Barbies.
Como esta senhora,  com um casaco feito de uma espécie de penas de avestruz .


8 comentários:

João Santos disse...

Adoro os desenhos e a forma como descreves as personagens faz-me lembrar as descrições do António Lobo Antunes.

Mário Crispim disse...

Muito bem observado e melhor desenhado!

Alexandra Baptista disse...

Que bonitas páginas. As figuras estão fantásticas.

hfm disse...

Um desenho brutal! uma história que tudo nos diz, fechamos os olhos e vemos tudo o que contas. Óptimo.

Fernanda Lamelas disse...

Muito bom Teresa! Consegues ver muito para além do que está à vista...

Maria Celeste disse...

...gosto muito...
...sobretudo ser tratado carinhosamente, tentando compreender...

Unknown disse...

Gosto tanto

nelson paciencia disse...

Também eu!