Nunca encontrei ninguém completamente incapaz de aprender a desenhar.

John Ruskin, intelectual inglês do século XIX


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sábado, 25 de abril de 2015

Chuva molha-o-tolo

Quem desenha na rua só aprecia água dentro dos pincéis, não aquela que nos obriga a escolher sítios cobertos e abrigados, e que nos permite desenhar em razoáveis condições. Junte-se a isso um vento a soprar de todo lado, frio assim-assim e temos ingredientes para o desconforto absoluto. Mas nós somos um bocadinho como os carteiros, e cumprimos (quase) sem reclamar.
Este foi o último desenho que fiz no formidável workshop de hoje da Marina Grechanik, no final da Rua Augusta já bem perto do arco. Aqui fiz batota da grossa, não desenhei pessoas a compor o desenho, e até me apeteceu que o céu estivesse azul. Pouco depois de acabar o desenho começou a chover, achei que era o castigo certo para quem tinha infringido as regras. Deixei-me estar uns minutos, sentado no chão de calçada e a levar com pingas em cima, eu e a prova desenhada da minha aldrabice, que ficou assim preparado para responder, tarde e a más horas, ao desafio deste mês.


8 comentários:

Ana Crispim disse...

GRANDE trabalho... admiro a coragem de desenhar nestas condições!!!

Mário Linhares disse...

Faça chuva ou faça sol, cá estamos nós para desenhar em todas as condições! :)

Ganda dia que foi este!

Teresa Ruivo disse...

Bela batota:) E ainda deu para espalmar uma sketcher no cantinho!

Manuela Rosa disse...

Estas tuas histórias são sempre um encanto (e o desenho também, claro!).

Pedro Gomes disse...

Mesmo com "batota" continua na ser um desenho mt bonito...

Miú disse...

Sempre desenhos com histórias para contar!

Pedro Loureiro disse...

Mais um atafulhanço bestial! Ficou mesmo bem aquela silhueta em branco do quarteirão em contraste com a Illia em cor.

José Louro disse...

CracK!